URGENTE: CAIU O GOVERNO DO LÍBANO
DIANTE DA “REVOLUÇÃO COLORIDA”
O Primeiro
Ministro do Líbano, Hassan Diab, anunciou nesta segunda feira(10/08)a renúncia
de todo o Governo, que tem sido o centro de protestos pelo manuseio de cargas
explosivas perigosas no porto de Beirute, levando à poderosa explosão que
causou mais de 160 mortos e um amplo devastação de parte da
capital.Apesar da comprovação de que as toneladas de nitrato de amônia estarem
armazenadas irresponsavelmente no porto, também existe a farta evidência de que
a explosão foi provocada por um ato terrorista de sabotagem ao Líbano,
justamente para provocar o estrangulamento e queda do governo de “unidade
nacional”, integrado pelo movimento de resistência, o Hezbolah, à ocupação
militar israelense na região. "Hoje eu anuncio a renúncia deste
governo. Que Deus proteja o Líbano", declarou Hassan, em um discurso
televisionado no início da noite. Já o presidente do Líbano, Michel Aoun,
afirmou que a investigação consideraria se a causa foi alguma interferência
externa, negligência ou um acidente.Michel Aoun enfatizou que o :“Líbano
não voltará a cair nos braços de potências estrangeiras”, sinalizando uma clara
divergência com o ex-Primeiro Ministro, que disse pretender agora se juntar aos
protestos. O Líbano atravessa uma dessas “revoltas coloridas”, protestos
dirigidos pelo imperialismo contra “adversários indesejáveis”, na grande
maioria dos casos governos nacionalistas burgueses que estabelecem algum nível
de oposição a ofensiva neoliberal das corporações internacionais do capital
financeiro. É fato que a crise econômica capitalista já vinha castigando
duramente as condições de vida da população do país, não encontrando nenhuma
alternativa de superação da crise no marco da manutenção do regime capitalista,
gerenciado pelo governo de “unidade nacional”. A única perspectiva realmente
progressista para as massas libanesas reside na revolução socialista e a
instauração de um governo realmente anti-imperialista que rompa com a decadente
burguesia maronita(cristãos pró-ocidente)que domina o país desde o século
passado, com a retirada do império Otomano.
(LBI)
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