Realizado o Encontro Mundial da Classe Operária Antiimperialista
O
Encontro reuniu mais de 300 trabalhadores e 61 delegações dos cinco
continentes. Diversas organizações sindicais, populares e partidos operários se
fizeram presentes. Particularmente do Brasil, participaram, além da Frente
Revolucionária dos Trabalhadores (FRT), delegados da central Intersindical e do
Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Foram
organizadas duas mesas de trabalho, onde se debateu a necessidade de
impulsionar em nível internacional, um conjunto de lutas sistemáticas contra as
políticas econômicas neoliberais e os ataques imperialistas contra os povos.
Segundo o camarada Nelson Herrera, comissário geral da PCOA, “A covid-19 tem
desmascarado o capitalismo, removeu o véu. Os trabalhadores fortalecerão a
unidade para enfrentar as corporações financeiras subservientes ao
capitalismo”.
Para
o líder sindical palestino Imad Temeiza, “É necessário aumentar a solidariedade
humana em todos os níveis (...) para apoiar os povos que lutam contra os
bloqueios econômicos e o imperialismo”. Karen Jarred, militante da Coalização
de Sindicalistas Negros dos Estados Unidos e Canada, denunciando a pátria
imperialista ianque, afirmou que “O covid-19 tem exposto as verdadeiras
condições de exclusão social, em que vivem muitas mulheres, homens e crianças
da classe trabalhadora estadunidense e canadense(...)o imperialismo nos está
matando, o assassinato a sangue frio de George Floyd pôs no mapa esta situação(...)”.
O
presidente bolivariano da Venezuela Nicolas Maduro, presente no encontro, por
sua vez afirmou: “Cada povo seguirá seu próprio caminho, seus próprios líderes,
nós temos encontrado o nosso caminho, o socialismo do século XXI”. Ainda
segundo Maduro: “Ademais tentaram me assassinar por ordem de Donald Trump e as
oligarquias mundiais, porém a Venezuela está de pé, na batalha e na vitória,
seguiremos nosso caminho”.
Diversas
outras intervenções antiimperialistas e em defesa da Venezuela por parte dos
delegados operários, foram saudadas com entusiasmo. Nas mesas de trabalho se discutiu
propostas e planos de organização em nível internacional contra o imperialismo.
Além disso foi debatido projetos entorno da implementação de um ambicioso
trabalho de comunicação anti-hegemônica, para fazer frente a guerra psicológica
de quinta geração arquitetada pelo imperialismo com o auxílio da imprensa
burguesa mundial contra os trabalhadores e países alvos da sanha golpista como
Venezuela, Cuba, Irã, etc.
O
companheiro Roberto Bergoci, representando a Frente Revolucionária dos
Trabalhadores do Brasil, propôs “A formação de núcleos da PCOA nos países onde
possuímos militantes, ativistas ou simpatizantes; estes núcleos precisam ser
órgãos atuantes em seus países, divulgando através de um sério trabalho de
imprensa e comunicação, os interesses dos trabalhadores e dos povos que lutam
heroicamente contra a besta imperialista(...)que as atividades desses núcleos
sejam centralizadas, articuladas e coordenadas pelos órgãos centrais da PCOA,
afim de coordenar internacionalmente a luta revolucionária e antiimperialista”.
Ainda
segundo Bergoci, “A atual fase de completa mundialização e apodrecimento do
capitalismo, expressada nas políticas neoliberais em todo o globo, torna ainda
mais imperiosa a necessidade de os trabalhadores lutarem e combaterem o
capitalismo e o imperialismo internacionalmente(...)O internacionalismo
proletário e a revolução socialista nunca foram tão urgentes e necessários como
em nossa época de turbulências, questão decisiva mesmo para a sobrevivência da
humanidade”.
O
Encontro Mundial dos Trabalhadores foi um importante passo no sentido de
articular em nível para além das fronteiras nacionais, a luta proletária e
popular. Neste sentido, a PCOA já se coloca concretamente como uma entidade de
Frente Revolucionária Antiimperialista Internacional, algo da maior importância
para as lutas de classes da atualidade, devendo portanto, ser saudada por todos
os explorados e oprimidos do mundo.
A
Frente Revolucionária dos Trabalhadores do Brasil, no melhor espirito do
internacionalismo proletário, brinda a vitoriosa e histórica iniciativa da
PCOA, que se propõe levar adiante a grande lição de nossos mestres Karl Marx e
Friedrich Engels: “Trabalhadores de todos os países , uni-vos!”.