sábado, 10 de julho de 2021

domingo, 18 de abril de 2021

COMUNICADO FRT * FRT/PCPB

 COMUNICADO FRT

 aos seus círculos, simpatizantes e companheiros de luta. 

 A Frente Revolucionária dos Trabalhadores e o Partido Comunista do Povo Brasileiro se fundem: 
passos certeiros no caminho de construção da vanguarda da revolução brasileira:

 “Caminhamos num pequeno grupo unido por uma pequena estrada escarpada e difícil, segurando-nos fortemente pela mão. Estamos cercados de inimigos por todos os lados, e, quase sempre, é preciso caminhar sob fogo cruzado. Estamos unidos por uma decisão tomada livremente, justamente para lutar contra o inimigo e não cair no pântano ao lado, cujo habitantes nos acusam, desde o início, de termos formado um grupo à parte, preferindo o caminho da luta ao da conciliação...” ( Vladimir Lenin) 

 É com imensa alegria e satisfação, que a Frente Revolucionária dos Trabalhadores (FRT) comunica a seus círculos, simpatizantes e companheiros de lutas, a importante fusão com o Partido Comunista do Povo Brasileiro (PCPB). 

 As propostas de aproximação e fusão das organizações, tem sido construídas já há algum tempo e se dá, sobretudo, pelo entrosamento de propostas e perspectivas de ambos os agrupamentos, que vão no sentido de darmos passos concretos para superarmos a grave fragmentação e divisão sectária reinante no seio das diversas correntes que reivindicam o marxismo em nosso país. 

 As duas organizações, desde suas respectivas fundações tiveram como norte, agrupar em torno de um programa revolucionário da sociedade brasileira, os melhores elementos da vanguarda comunista, comprometidos com a luta proletária e popular, rompendo com o infantilismo ultra-esquerdista sectário por um lado, porém sem acalentar por outro as mínimas ilusões eleitoreiras oportunistas, muito comum aos que capitularam ao cretinismo parlamentar. Como afirmamos em um de nossos Manifestos : “Visando colaborar no sentido de darmos os primeiros passos para a superação deste problema, propomos uma organização que aglutine o que pode haver de melhor entre os operários revolucionários, superando posições sectárias que se formam em critérios baseadas nas determinadas “escolas” marxistas: as diversas “escolas”, “trotskystas”, “stalinistas”, “maoístas”, “gramiscianos”, “lukacsianos”, etc., subdivisões que somente contribuiu para fragmentar o movimento comunista internacional. Ao nosso ver, nossa organização deve agrupar todos os revolucionários que aceitam o programa marxista da revolução brasileira e latino-americana; socialista, antiimperialista e que cumpram decisivamente os critérios estabelecidos internamente para um militante[...]”. (https://frenterevolucionariadostrabalhadores.blogspot.com/p/manifesto-frt.html). 

 A atual quadra histórica, marcada pelo acirramento da crise estrutural do capital e o auge de uma verdadeira guerra da burguesia contra os trabalhadores em todo o mundo, tendo o Brasil como o epicentro internacional da contra-revolução, torna imperioso o fortalecimento de um polo revolucionário comunista, homogêneo, que atue como um verdadeiro Estado Maior do proletariado revolucionário na sua luta de vida ou morte contra o capital. Portanto, superar o atual quadro de indigência orgânica em que se encontra a esquerda revolucionária no país, que impede de fato, um protagonismo político da classe operária no atual cenário dramático em que vivemos, é tarefa das mais importantes. 

 O governo genocida de Bolsonaro, ancorado nos militares entreguistas e representante direto dos interesses dos exploradores do povo trabalhador, somente se mantém, apesar da sua crise profunda e inabilidade política marcante, devido ao fato de que seu antagonista radical, ou seja, o proletariado, encontrar-se desorientado politicamente e desorganizado, órfão como classe, de uma vanguarda revolucionária profundamente enraizada no seio das massas populares, municiado com um autêntico programa de transformação revolucionária da sociedade. 

 Dessa forma, saudamos com muito entusiasmo esse importante passo dado no fortalecimento de um polo revolucionário, ponto de apoio e certamente um precursor do autêntico Partido Comunista da revolução brasileira. 

 Vida longa ao Partido Comunista do Povo Brasileiro 
 (PCPB)!
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quinta-feira, 15 de abril de 2021

EDUARDO PAES DEMOLIÇÕES S.A. * Jornal do Bairro/RJ

 EDUARDO PAES DEMOLIÇÕES S.A.

A história de Eduardo Paes não é segredo para ninguém. A começar por seus laços familiares. O demolidor do Rio - Cesar Maia - é seu sogro. Precisa mais? Essa família vem matando e quebrando a cidade há décadas. Todos sabem que para atingir o máximo de lucro, capitalista não respeita vida de ninguém. Todos se lembram das atrocidades cometidas por Brizola na construção da Linha Vermelha. Alguém tem notícias das indenizações? Todos se lembram do massacre cometido na construção do Metrô contra milhares de famílias atingidas pelas remoções, com processos rolando na justiça até agora. E na construção da Linha Amarela não foi diferente. A construção do BRT ainda está na justiça, mas os imbecis votaram no INIMIGO DOS POBRES, EDUARDO PAES. 
Ele já chegou deixando claro que o seu lado é o dos ricos, principalmente a indústria imobiliária. E quando anuncia uma demolição/remoção, a definição usada lá com seus "parsas" é HIGIENIZAÇÃO SOCIAL, uma expressão pomposa para EXCLUSÃO SOCIAL, 
visando reservar a cidade apenas para os privilegiados, tratando o espaço urbano como mercadoria a serviço do capital. É esse projeto que tem guiado as eleições dos prefeitos e governadores na NOSSA CIDADE. 
Mas para fazê-la efetivamente nossa, precisamos nos unir, nos organizar e nos abastecermos de muita disposição de luta, porque contra nós, tem milícias, polícias, jagunços, empresários e políticos de todo tipo, inclusive certos defensores dos trabalhadores. Por exemplo, neste momento, a Comunidade do Metrô Maracanã está sendo atacada, sem opção habitacional, sem socorro de tipo nenhum, e sem apoio de imprensa. Conta apenas com a solidariedade de alguns movimentos. Mas é pouco e precisamos fazer mais, muito mais!

COMUNIDADE METRÔ MARACANÃ

FOTOS DA VILA AUTÓDROMO



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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

O Brasil rumo ao precipício: socialismo ou barbárie * Roberto Bergoci/SP

 O Brasil rumo ao precipício: socialismo ou barbárie

Por Roberto Bergoci

  Com uma taxa de desemprego oficial acima dos 14,6%, a subocupação ultrapassando os 30% da força de trabalho no país, desinvestimentos e fugas de capitais recordes (como no caso da multinacional Ford, mas não só) vemos agravar o desastre social que a cada dia se potencializa no Brasil de Bolsonaro-Paulo Guedes-Militares, deixando patente o verdadeiro fracasso do austericidio neoliberal que tomou conta do mundo há mais de 40 anos, como o regime de acumulação da burguesia "alternativo" ao fracasso da utopia "keynesiana". Somado às consecutivas altas exorbitantes dos preços dos alimentos, gás de cozinha e outros itens básicos de consumo popular, que segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ultrapassou os 16,41% nos últimos 12 meses (maior inflação dos preços de alimentos desde 1992), expressão da estrutura dependente, subdesenvolvida, reflexa e voltada para fora, de nossa economia, certamente entramos em tempos turbulentos do regime burguês brasileiro. O avanço do processo de queima de trilhões das reservas internacionais pelos mafiosos que dirigem a política econômica em beneficio dos grandes magnatas, aumento da divida pública em relação ao PIB e perda de dinamismo da economia, são potentes combustíveis para o alastrar da crise.  A generalização da crise estrutural do capitalismo mundial, que por aqui se expressou pelo fim do “boom de commodities”, estabeleceu um caldo de cultura caótico tanto econômico, como politico e socialmente. As políticas de arrocho neoliberais, posto em marcha por aqui pelo capital financeiro, demais frações oligopólicas  das classes dirigentes dos países imperialistas e as burguesias "brasileiras", desde os anos 1990, baseadas na valorização cambial, elevadas taxas de juros, sucateamento de estratégicas empresas estatais, privatizações, austeridade permanente, enxugamento da máquina pública, sucessivos superávits primários para privilegiar o parasitismo da divida pública, decomposição do mercado interno, etc; tem recrudescido o processo avançado de desindustrialização do país, desestruturação do parque industrial e reprimarização da economia nacional, fazendo o país caminhar para o retrocesso de quase 100 anos em suas forças produtivas e no padrão de acumulação. O Brasil já sofreu períodos históricos de grande vulto, em relação a regressão econômica e social, quando do fim dos ciclos da cana, do minério e do café, algo típico do capitalismo tardio, dependente, de via colonial e atrófico, voltado para complementar os países centrais e sem um projeto nacional autônomo próprio.

 No entanto, a gravidade do atual momento em que vivemos se baseia no fato de que, tal retrocesso em nosso nível industrial e de forças produtivas, se combina com uma sociedade altamente urbanizada, em que as contradições socioeconômicas beiram o insuportável para as massas. Uma coisa é o Brasil de economia primária-exportadora nos primórdios século XX, com uma população predominantemente rural; outra bem diferente, é um país retroceder a praticamente tal estágio econômico quando mais de 84% de seu povo habita os centros urbanos, demandando inserção no mercado de trabalho, serviços públicos, etc., num contexto de maquinização do campo, que impossibilita absorção de grandes contingentes de força de trabalho humana. O resultado disso será inevitavelmente o recrudescimento do pauperismo, decomposição social, proletarização da pequena  burguesia, "lupenização" de vastas parcelas da classe operária e demais trabalhadores, aprofundamento das políticas de repressão policial, encarceramento em massa da juventude periférica e fechamento do regime político, como forma de controle social (o atual projeto de autonomia em relação aos estados, envolvendo as Polícias Militares e Civil é expressão deste fato). 

 Em suma, vivemos no Brasil a combinação dialética de diversos elementos para uma profunda explosão social e das lutas de classes. O preço a se pagar por se manter na esteira da dependência e do subdesenvolvimento, fatores estruturais do capitalismo híper-tardio brasileiro, tem sido alto demais para as massas trabalhadoras. 

 A revolução socialista brasileira é mais do que urgente; de fato, é uma questão de sobrevivência para nosso povo envolto ao agigantamento da barbárie, produto do capitalismo senil. Superar o mero fato existencial de estar na condição de uma "classe em si", como massa bruta para a exploração, e avançar no sentido de se constituir como um sujeito revolucionário independente, com interesses históricos próprios e um programa de transformação radical de nossa sociedade, capaz de nos colocar na condição emancipatória de uma "classe para si", é a missão mais importante de nossa época.  

 Construir uma vanguarda revolucionária no país, que batalhe incansavelmente para se enraizar nas massas trabalhadoras, com um programa da revolução brasileira, manejando a guerra ideológica sem tréguas contra a burguesia; e fortalecer um movimento operário, sindical e popular de base e autenticamente classista, é tarefa para agora, da nossa geração.

 O capitalismo vive um beco sem saída e não tem mais para onde expandir suas forças e nem deslocar suas contradições como no passado. Os atuais acontecimentos que atingem em cheio o regime político em pleno coração do monstro imperialista, ou seja, os EUA, é reflexo dessa crise geral que como um tumor em metástase, se espalha pelo organismo social burguês como um todo. A regra do regime dos exploradores em franca decadência é a destruição em larga escala de massas humanas, forças produtivas, meio ambiente, etc. Diante de atual quadro, somente pode existir dois caminhos para a humanidade trabalhadora: revolução permanente ou barbárie permanente! 

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